quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ah-ah: apanhei-a!

Pé-ante-pé, cedinho, madrugadinho eu vi-a!
Mal pude acreditar nos meus próprios olhos. Vai daí, saquei da máquina e fotografei-a.

Apanhada desprevenida, lançou-me uns pozinhos e entorpeceu-me a lente, desfocando-a.

Não desisti: voltei à carga, mas ela virou-se de lado. Compreendi-lhe o jogo: «Se eu não te vejo, tu não me vês».
Então, para evitar fugas antecipadas, sussurrei «Não tenhas medo; não te vás já embora. Eu também cuido desse pé-de-poejo, à noitinha!»

Palavras mágicas: voltou-se para mim, posou de frente para a câmara e disse-me baixinho «Sou a Sigure e gosto de ervas aromáticas».

Apresentações q.b. (não quis espantá-la com assuntos ou tons de voz menos apropriados), pedi-lhe se me deixava fotografá-la com mais luz.


Acedeu.
Acedeu e informou-me que o seu favorito era o pé-de-poejo, mas que...

... amava, também, o único pezinho-de-salsa do vaso-picante.

Confidenciou-me que nem sempre vem sozinha aos vasos-mágicos e afiançou-me que há quem aprecie muito a hortelã-brava que por ali teima em renascer.

Ainda mal-refeita da surpresa, fui salpicada com um «Até breve!» esvoaçante.
Estou aos pulinhos e acho que vou procurar sementes de coentro, orégãos, sigurelha, nêveda, manjericão e tudo o mais que me lembrar...
Até breve!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Afinal não fui à Laica!

Não fui à Laica "derivados da questão de coiso e tal. Ah!, pois é!". Espero que compreendam.

Tirando isso, ainda tive a festa de fim-de-ano de infantário da Pokonhé, com direito a assistir a momento musical protagonizado pela própria e tudo! O tema: os heróis; a escolha mais que inevitável:uma princesa-heroína!

Uma mãe e um pai avessos a folhelhos e brilhantelhos comprados a propósito de nada, fizeram da Pokonhé uma princesa diferente, graças, também, à costureira-auxiliar particular Avó Micas!
No meio de Super-Homens-Aranhas, jogadores de futeberlinde e outras tantas princescas, a Pokonhé esmerou-se na coreografia (atentem no dedito anelar: anelzinho real em feltro!).
O savoir-faire do agarrar no vestidinho nasceu com a menina. A coroa e o colar reais são as marcas da nobreza, alta joalharia executada pela Real Casa Dácámissensse.
Faltou o pormenor da sandalona, made in by «Isabel Alei Shoes House».
Ser princesa já não é o que era...
Até breve!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Avoaram!

Ainda não percebi muito bem este mistério: sempre que aqui pousa uma Julibelinha, desaparece num ápice.
Para além da brevidade, desta vez, quase em tom de «Nha-nha Nha-nhaaa!», levou-me duas Mariétes com ela.
Foi assim: Hop-la! Um-dois-três; poisar e... já cá não está outra vez!
Nem dá tempo para aquecer o lugar no vaso.
Não sei se terá sido magia... A verdade é que, um dia antes de saírem, as Mariétes confidenciaram-me, visivelmente excitadas, que tinham visto uma Faduncha a pairar mesmo por cima do vaso de poejo.
Ainda não a vi, mas a julgar pelo crescimento anómalo do pezito de poejo (já ultrapassou os 50 cm de altura...), acho que a dita Faduncha vem agraciá-lo, ao amanhecer, com pós-de-perlim-pim-pim.
Se a vir, se conseguir capturar uma imagem sua, venho aqui a correr, partilhá-la convosco.
(Vou vigiar... Hush!)
Até breve!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Adivinhem?!

OK! Não se apoquentem mais...
Eu dou já a resposta: Laica; I Laica, outra vez!

Até ver, o programa das festas dita isto:

PROGRAMA da 7ª FEIRA LAICA
BEDETECA de LISBOA
23 e 24 de JUNHO de 2007
Das 14 às 22H {23 de Junho}
Das 14 às 20H {24 de Junho}

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A cooperativa Laica regressa aos jardins da Bedeteca para a reposição de um clássico de verão. Uma verdadeira orgia de comércio cultural justo. Do disco de vinilo em 2ª mão ao último fanzine, do acessório de moda ao original de ilustração, de objectos vintage à serigrafia, quase tudo o que interessa pode ser adquirido na Laica. O evento cultural mais total de que há memória.

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NO JARDIM E NO PÁTIO

#1.: Banca de artesanato urbano, plantas e objectos vintage
{com a participação confirmada de Liliana Maia, Dina Ladina, Robô Maria, Manuel Leitão, João Bragança, Goto design, Papua Azul, Débora Figueiredo e Sílvia Moldes, Entulho Craft, Dimensu Biju, Perlimpimpim, Teresa Ferreira e Ana Borlido, Joana Martins, Laura Wise, Isabel Aleixo, Corte na Costura, Susana Barros, Senhor de si}

#2.: Mini Laica {sábado 23}
{um espaço dedicado às trocas entre as crianças, em que estas poderão comprar e vender brinquedos, livros e outras coisas a um preço que não poderá exceder 1 euro}

#3.: Concertos {Sáb. e Dom., a partir das 20h}
{a música invade a Bedeteca pela tardinha com os Tiago Guillul (Sáb.) e os Lobster (Dom.)}

#4. Feira de edição independente
{o fervilhante mundo da edição sem apoios mas com muito amor às divindades gráficas exibe-se no jardim. Participam alguns dos maiores palácios do sub mundo editorial: Chili com Carne, MMMNNNRRG, Imprensa Canalha, Opuntia Books, Thisco, Filipe Leote, Primeiro Exemplar, El Prints, Mike Goes West, Geraldes Lino, El Pep, Silent Wall Army (Sérvia), Black Velvet (Itália) – com a presença de Alberto Corradi, Pedra no Charco, Groovie Records, Bedeteca de Beja/ Toupeira, A Mula e a Bíblia}

#5. Espaço da 2ª mão
{uma grande selecção de livros e discos a preços que alguém considerou “miseráveis”}

#6. Animação infantil
{várias actividades para animar os mais pequenos: À descoberta dos Heróis de BD [sábado e domingo, às 17H30 – Um jogo de mímicas. Forma-se uma dupla e através de mímicas, quem adivinhar de que herói se trata ganha prémios]; o ABC ilustrado [a partir das 15H e durante todo o dia de sábado e domingo - Tira uma letra do abecedário e ilustra uma palavra a partir desta letra; o atelier de fantoches de meia [sábado às 16H] e a Máquina de Desenhar [sábado e domingo, a partir das 16H – um colosso mecânico que executa em segundos qualquer desenho a pedido das crianças]}

NA SALA DE EXPOSIÇÕES

#7. Exposição de ilustração «Tropa Macaca»
Inaugura dia 23 e está patente até dia 25 de Agosto.

Todos os anos magotes de jovens, valorosos talentos, são recrutados e enviados para a frente profissional da selva dos periódicos e editoras, entidades perigosas no trato com o inimigo e traiçoeiras na movimentação bélica. O ilustrador é tropa macaca, soldado raso e carne para canhão, mas ao mesmo tempo um empecilho porque responde ao inimigo (o editor cinzento e o designer resignado) com imaginação e destreza – muito para além do que lhe foi pedido – e por isso é visto com desprezo por quase todos.
Estes talentos-armados insistem contra todas as expectativas e contra todos até porque, para dizer a verdade, eles não sabem fazer outra coisa a não ser disparar no papel ou no monitor figuras estropiadas e contorcidas, cenários devastados, armas de morte, instrumentos de tortura e vítimas de situações extremas. Se ao menos pudessem voltar para uma casa editorial onde todos os respeitassem e os amassem… mas não! O mundo é cruel e sem sentido…
Quando se anunciou que na Feira Laica iria haver uma exposição com um apanhado destas imagens dramáticas realizadas no último ano por bravos soldados como José Feitor, Jucifer, André Lemos, João Maio Pinto, Pedro Zamith, Filipe Abranches, Edgar Raposo, Luís Henriques, Artur Varela, Rosa Baptista, Nuno Sousa, Zé, Miguel Carneiro, João Fazenda, Marco Mendes, Carlos Pinheiro, Mina Anguelova, Rui Vitorino Santos, Júlio Dolbeth, Bruno Borges só me apeteceu chorar, tal como todos os anos choro quando visito a “World Press Photo”, aquela exposição onde se revive as melhores desgraças do ano… Pior que a Guerra são os voyeuristas, que poderão encontrar entre 23 de Junho e 25 de Agosto mais um conjunto de imagens de combates ferozes desta Tropa Macaca.
Olivais, 11/06/07
Sub-comandante Marcos


NO AUDITÓRIO

#8. Oficina de Serigrafia
{o atelier Mike Goes West leva à Laica a magia da serigrafia artesanal, essa maravilhosa técnica de impressão. Sem truques e à vista de todos. Vários ilustradores criarão as imagens que serão depois impressas}

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Fica a solicitação habitual: apareçam!!!

Até breve!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Há dias assim!

Não tenho culpa.
A sério que não tenho.
Qual karma, é cá uma coisa que me acontece desde sempre, desde que me lembro de, bem pequenita, sair à rua com os meus pais e os bicharocos virem ter comigo (cães, gatos, pássaros, borboletas e afins).

Regra geral, a angústia toma conta de mim por não poder valer-lhes muito ou, pelo menos, valer-lhes q.b.. Não consigo ficar indiferente à bicharada que se me atravessa no caminho, vai daí, a minha Estrela que integra o meu lar há quase 4 anos e que, se assim não fosse, já não viveria: saltou de uma vida de rua para o canil, num ápice; está velhinha e doentita, mas encontrou a sua família aqui. Inequivocamente.

E, além da Estrela, todos os verdilhões, pardais de telhado, andorinhas, escaravelhos, aranhas, larvas de melga e sei lá eu já o quê mais que, em sete anos, por aqui passaram e que, assegurada a sua auto-subsistência, foram postos a andar.

Anteontem à noite, a Estrela descobriu uma coisa debaixo de um carro. Nem percebi o que era, se estava morta, viva, se era um objecto... Auxiliada por um vizinho, descobrimos que a coisa, moribunda, era um canídeo, apesar de parecer uma ovelhita em muito mau estado.

Parecia-me que o animal tinha sido atropelado e, sem pensar que eu própria podia - perfeitamente - correr o risco de ser expulsa, levei-o para casa: Estrela à trela, numa mão; bicho embrulhado numa toalha de cozinha-vizinha, na outra.

Agora tenho pena de não ter foto do «antes», mas a pressa de ajudar o bichito era tanta que nem fui buscar a máquina. E o «antes» era uma indescritível e mal-cheirosa massa de pelo, urina, fezes, carraças, pulgas, carrapiços e nem sei mais o quê. Retirei dois sacos (dos de asas) cheios do que já descrevi. O calor e a massa sólida impediam o animal de se movimentar (nem sei como terá conseguido arrastar-se para ali). Debaixo daquilo, havia isto:

E, o mais indescritível: amor, gratidão, muita saltariquice, mariquinhice e tal, efusivamente demonstrados em inúmeras lambidelas, chorinhos e constante presença.

Por mais que quisesse, o espaço onde vivo não comporta mais do que um cão, apesar da euforia dos miúdos quando, pela manhã, se depararam com tal serzinho que, além de giro, não se cansava de andar atrás de mim. O Papaxuá achou que ela (sim, é uma menina!) achava que eu era a sua mãe.

À tarde, banhito tomado, colónia posta sem qualquer resistência canina, estávamos prontas para procurar uma casa, o que acabou por acontecer quase imediatamente.

Preparada!

Mesmo antes de sair, tempo para uma piscadela...

... e mais um miminho de despedida.


O dia chegou ao fim com uma sensação de felicidade por sentir que tudo está bem quando acaba bem (os pequenitos não concordaram integralmente com este «bem»; eu própria já sinto saudades do «tique-tique-tique» de umas patitas e respectivo focinhito colados à barriga da minha perna, para onde quer que eu fosse)!

Só pode ser uma cadela-de-luz!

Deixou saudades e leva Amor, muito Amor para dar aos seus novos donos que, certamente, a merecem.

Há dias em que Felicidade vem procurar-nos de mansinho, sobre a forma de um cão, de um raio de sol, de um escaravelho Reinaldo, de um sms «pokonhólico», ou sobre a forma de um postal que uma doce e mágica Amiga nos envia, deixando que umas lágrimas de felicidade nos lambam a cara.
Há dias em nos comparam a uma Fada e há dias em que nos sentimos como tal.

Retomo, agora, funções de uma coisa que, por mais que me esforce, não sei ser: Fada-do-Lar...

Até breve!

domingo, 10 de junho de 2007

Di-nó-ni; Dino-ni; Dinóni...

Olha-me nos olhos...
Mais perto, por favor.
Ainda mais perto!


O Dinóni nasceu há já algum tempo e foi concebido expressamente para um pequenote que partilha amizades e sonhos jurássicos com o meu Papaxuá.
É um marcador de livros e, aqui, veio cumprir a missão de marcar o relato de alguma inactividade «blóguica» que se tem feito notar.
Preguicite aguda, falta de tempo grave e arrumações esdrúxulas: eis as razões da falta de notícias!
(Uái!)
Até breve.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Relato-relâmpago

Não me perguntem muitas coisas sobre a Feira no Jardim Constantino Palha...
O cansaço, uma constipação repentina e a potencial alergia proporcionada pelos plátanos e choupos do jardim, nem me deixaram ver bem a coisa.
Nem sei quem tirou as fotografias que aqui exponho; sei que foi com a minha maquineta, mas ignoro a responsabilidade das ditas.


Para a posteridade:
. Dácámisso e A Gota de Água Doce trocam opiniões sabe-se lá sobre o quê!


. As bancadas das tontas já mencionadas e a estreante-feirosa Ana Aleixo (de quem tenho o prazer de ser a irmã mais nova!).

. Ei-la, a estreante, em pose e estilo "quiçá" art-nouveau: é, também, assim a minha manita Anita.

. A minha outra Anita, irmã de sonhos e crenças feéricas. Apesar do meu ar tipo «deslarga-me», aposto que aqui trocaríamos dicas e saberes sobre lãs e fadas e tal...


. Compondo a bancadinha das amigas Anita e Ana (muito desconsoladita e saturada com a ausência abordagens dos visitantes - e todas nós, minha linda, todas nós...).

Posto isto, resta-me aguardar a publicação de fotos e de relatos mais interessantes e descritivos. A dita da constipação e suas subsequentes dores-de-cabeça ainda não me deixa postar uma das novidades levadas ao Jardim Constantino Palha: as Gotas de Arco-Íris - amiguinhas de bolso, para acompanhar as saídas do mais pequenitos.

Até breve.