quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Eu não dizia??? Eu não dizia???

Eu tinha dito: andavam umas marcas estranhas pelos vasos...
Falei com o Raimundo Sérge da Trindade que me prometeu ajuda nocturna, mas que acabou por adormecer - e eu nem me zanguei porque ele é pequenito e faz hoje cinco meses!
Então, de madrugada, pé ante pé, com o despontar de certa claridade, abri repentinamente a porta da varanda e, saltando do Vaso Mágico para o Vaso Picante, ei-lo apanhado...

o Mochoilo!


Abanicando as asas num «Hu!Hu!» frenético não percebi logo se estava feliz ou infeliz por ter aterrado num cacto... (Pode-se sempre gostar de picadelas, não é?)
Só depois compreendi que olhava, esbugalhado, para o Vaso Mágico.
Olhei também e lá vi, completamente ensonada e encolhidinha pelos pingos da chuva...

a Mochoila!



Com a ajuda do anão Zebedeu - exímio limpador dos algodões ("cochonilhas algodoadas", para os experts) das minhas plantinhas - que fala tudo o que é lingua de animal (com excepção de língua de vaca estufada e nem ele próprio sabe porquê), trouxe-os para dentro e sequei a ensonadita Mochoila. O Mochoilo, no início, aflito e sem saber o que lhes fazia eu, arregalou os olhos para o Zebedeu, que se assustou e pediu para regressar às suas limpezas.



Já dentro de casa, mais tranquilos e enxutos: os Mochoilos.



O «limpanão» Zebedeu, com os seus três centímetro de altura, regressa ao seu vaso preferido: aquele em que, espontaneamente, vive uma colónia de larvas de melga...


Até breve e, se perceberem que as vossas plantas são sorvidas por cochonilhas algodoadas, não hesitem: contratem um limpanão como o Zebedeu que, além dos algodões, "caça" mochoilos.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Vivóóóóó!

Viva! Eh, eeeeh!
Já estamos bons!
Quase, quase, quase bons - para sermos mais exactos.
Sabemos ser, ainda, cedo para deitar «foguetes-foguetes» e, por isso, deitámos ao ar roquinhas de alfazema, daquela alfazema que apanhámos nas noites quentes de Agosto.


(Com as roquinhas de alfazema não corremos o risco de assustar as melhoras com o
PUM-PUM-PUM barulhento e faiscante dos «foguetes-foguetes»...)


Ainda por aqui andam algumas vias entupidas, mas nada que se compare com as anteriores semanas.
Até já se ouvem gritos de

"- Dácámisso!"


"Não! Dácá-tu-misso!"



Enfim...
Vamo-nos sentindo renovados, com força de dragão - mas não com a força de um dragão qualquer...
Sim, sim: sabemos de antemão que os dragões são bichos raros e tal, mas mesmo assim somos selectivos e sentimo-nos fortes tal qual o nosso dragão: o Raimundo Sérge da Trindade.

O Raimundo Sérge da Trindade é um verdadeiro draganito: nasceu pequenino mas, uma vez agarrado ao peito, é vê-lo assumir-se como gente grande!


Vaidoso, adora remirar-se ao espelho, torcendo-se e contorcendo-se para conseguir ver cada pedacinho de si.


Sabemos que também se costuma revirar de cada vez que ouve a voz da avó Betapastel (cozinheira-mor do Reino de Alborca).


Mudando um pouco de assunto, como estive doentinha, descurei as visitas ao meu passariquento jardim envasado. Porém, hoje, ao catar algumas ervas daninhas, a julgar por certas marcas que vi, creio que este anda a receber visitantes noctívagos...

Prometo estar atenta para descobrir do que se trata e, se for preciso, peço ajuda ao Raimundo Sérge da Trindade!

Até Breve!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

(Interlúdio dácámissensse)

Este interlúdio prende-se com um desafio que me foi proposto pela Miquinhas.

Escapando em absoluto ao já dácámissado, passo, então, a referir:

1- 7 coisas que eu faço bem
. Sonhar acordada
. Inventar
. Criar
. Ouvir
. Falar pelos cotovelos
. Procriar (até à data...) :-)
. Esforçar-me por ser a melhor mãe dos meus filhos...


2 - 7 coisas que eu não posso ou não sei fazer
. Não posso deixar de temer por aqueles que amo...
. Não sei transformar o Mundo de modo a haver, para todos, felicidade!
. Não posso ter um gato (o Miguel não suporta os bichanos!) :-(
. Não posso correr o risco de coser à máquina (elas mordem....).
. Não mato insectos sem mais nem menos - exigo, pelo menos, uma mordidela válida, primeiro!
. Jamais comerei serrabulhos, cabidelas, cabritos, pombos, passarinhos, mioleira...
. Não posso deixar de pensar que tudo isto podia ser tão «mais melhor bom» se todos nós quiséssemos ...


3 - 7 coisas que me atraem no sexo oposto
. Amizade
. Compreensão
. Respeito
. Consciência político-sócio-bio-cultural
. Inventividade
. Sentido de humor
. Verdade



4 - 7 coisas que eu digo
. João: come!
. Ana: fala mais baixinho, por favor!
. Afonso: ai-ai, meu safado...
. Obrigada! (e) Se faz favor!
. Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
. Gajo que é gaja...
. Chiça, penico! (ou, em alternância: Irra, 'sô' Lopes!)



5 - Nomear 7 pessoas para serem celebridades
. O João Falcão - futuro prémio nobel «Coraçãozinho de Poeta»
. A Ana Falcão - futuro prémio nobel «Vivá Festa e tudo e tudo o que é felicidade»
. O Afonso Falcão - futuro prémio nobel «Beijinhos, festinhas, abraços com palmadinhas nas costas e narigadas»
. O Miguel Falcão - quase prémio nobel «Esforço, Devoção, Dedicação e Glória»
. Os meus pais - prémio «Santa Paciência na Adolescência (e hoje e amanhã e sempre!)»
. As minhas irmãs Anita e Lurdes - prémio «Chiça, penico! Ainda te aturamos mais agora do que quando andavas de cueiros...»
. O meu irmão Álvaro - prémio «Como fazer para que, post mortem, toda a família seja beatificada e canonizada imediatamente».



Interlúdio concluído, passo a batata-quente a:

Fernando Morais

Diana Saldanha

Rosa Pomar

Sílvia Moldes

Alexandra e Carmo «fermentas»

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Assim como as Tangerinas estão para as Laranjas...



A passo de Tartaruga...



... assim, como o Sol por entre as nuvens...



... ainda "empijamados", vamos melhorando!




O frio continua a fazer-se sentir, digam lá o que disserem esses raios de Sol que se impertigaram todos nesta Terça-feira de Carnaval...


O Tempo, o próprio tempo fantasiando-se de «Encalorado», vejam bem...


Mas eu tenho a prova de que o frio continua!

Os Gomos de Nuvem nascem em dias de muito frio, como é sobejamente conhecido, reconhecido e comprovado.

Ora: se no coração do Dácámisso nasceu mais um Gomo de Nuvem, logo, está frio!

Os Gomos, amigos, dormitam enquanto as suas nuvens passeiam em sonhos de alfazema!



Mas, tal como nascem Gomos de Nuvem nos dias de muito frio, às vezes, nos dias de muito frio disfarçados com raios de Sol, nascem os Gominhos de Nuvem.

Assim como as Tangerinas estão para as Laranjas, está o Gominho para o Gomo... O Gominho cabe numa mão, mas adormece melhor quando empoleirado ao peito...


Até breve.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

O Sol, quando nasce, é para todos!


Com excepção deste Solzinho,
que é só nosso,
aqui de casa...


Mas - e há sempre um «mas» - as viroses também nascem para todos e, como tal, estamos todos doentinhos.

A sério: não se deixem enganar com o ar da minha Ana que, com virose, ou sem ela, anda sempre salticantante.
Que bem que me sabia agora a Primavera... Com o seu Sol morninho, e os seus passarinhos pipilantes...


O Pi-piu azul ensolarado tem sorte.
Ele vive na companhia do Sol...

Confesso que, um destes dias - ainda as viroses por aqui não assolavam -, quando fui apanhar azedas, com a minha alcofa de verga, para o meio do monte ...

(Não sou «freak», não: apanho azedas para tingir a lã
que há-de vir a ser os cabelos dos meus Anjotchos, os primeiros a serem louros)

... senti por ali a Primavera. Mesmo, mesmo. Além do Sol que deslumbrava todas as azedas em que tocava (obrigando-as, invejosas, a evidenciar ainda mais o seu amarelo), vi uma joaninha e, pouco depois, uma andorinha.
Acredito que são sinais indubitáveis da proximidade da Primavera.

Não há-de faltar muito para que as Fadas comecem por aí a espreitar...

Cá por casa já vão aparecendo Fadunchas...

Até breve («cof, cof!» - menos virulenta, espero....)!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Bom dia, bom dia, bom dia a toda a gente!

É extraordinário que sinta - mesmo com uma malfadada infecção respiratória - que, desde as 20h do dia 11 de Fevereiro, o ar em Portugal se tornou mais respirável.

Parece-me, até, que este nosso ar se tornou menos pesado, menos hipócrita...

Espero que não sejam más impressões de quem tem os brônquios conspurcados.

Não creio, porém, tratar-se de más impressões, na medida em que - repararam? - a própria terra abanou no dia a seguir.

Que outra explicação, senão o facto de Portugal estar a sacudir-se dos preconceitos de tantos anos de vergonha e acabrunhação?

Nem pensem em vir com explicações alucinadas do tipo "Menina: são falhas sísmicas, cientificamente comprovadas, a dar de si e tal..."

Nada, nada...

É um facto: respira-se mais liberdade!

A comprová-lo estão Passaricos e Passarocos que resolveram sair ao Jardim, apesar do frio.


Não. Escusam de dizer que os animais pressentem os sismos e que dão o alarme pondo-se em fuga... Até porque, depois do passeio (já vos disse como são friorentos?), regressaram ao calor da minha casa onde aguardam adopção.

E agora, regresso eu ao «choco», vou tratar do meu pequeno contratempo brônquico, pois esperam-me olhares expectantes de "Atão? Quando é que te chegas mais a nós, outra vez?"

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Lendinventando...

Ontem à noite, depois de um dia estafante de brincadeira fraternal (onde vale tudo: gritos e apitos!)...
O meu João lê A Flor vai ver o Mar, de Alves Redol,
para os manos e para os pais.
Segue-se uma óbvia leitura de "ouvir dizer" de A Flor vai pescar num bote...
A Ana "lê de ouvido" «A Flor vai buscar um pote»...
Para todos! Obviamente...
Ao fundo, o Afonso já é um ouvinte exigente.

De manhã - quem sabe trazidos pelos rumores das palavrinhas lidas na noite ventosa - eis que eles aparecem, de novo, no meu jardim envasado: os Pi-pius!
Estou cá desconfiada que o mistério está no vaso...


Como de costume, mansinhos, mansinhos, deixaram-se apanhar e, como o vento frio continua, trouxe-os para dentro de casa, ao abrigo de uma manta de algodão quase tão antiga como o próprio tempo.

Ainda aqui estão, para quem os quiser adoptar...

Sei, de fonte fidedigna, que são excelentes amigos do peito.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Mangalô! Pé de pato três vezes! Na tonga da Milonga!

Será Vodu?

Não, mesmo! É apenas um Marcador João em construção, entretido pelo meio da lã, enquanto espera, pacientemente, mais uma picadela, para acabar terminado assim:


E para poder ser usado assim...


... ou assado, porque, se bem entendi, a "Marciana" de que fala a Carla Félix não é uma Marciana, mas um Marcador Ana, uma amiguinha do Marcador João...




Quando foram concebidos, os Marcadores João estavam longe de imaginar a rapidez das seguintes imagens, também rapidamente publicadas, umas a seguir às outras.


Não tendo nenhuma foto minha a babar-me, apenas revelo que
este é o meu João, escarlatinoso, no presente momento, a LER!
Fabuloso! O meu menino crescido já lê sozinho e até mesmo
algumas letras e casos de leitura que ainda não aprendeu.
Lê alto A Flor vai ver o Mar, de Alves Redol.
Como cresceu o meu João nestes seis anos...
Ainda há dias, com três anos, acordava a meio da noite
com o promissor pesadelo: "Ai! Ai! Eu não sei as letras..."
...


A "Marciana" da Carla Félix parece-se com esta (verdade, Carla?):





É, como já expliquei, um Marcador Ana.
E, reparem como a imaginação é prodigiosa: contou-me um passarinho - dos que vêm pousar-me nos vasos - que a Carla Félix até já a usou como pregadeira e tudo e tudo...

Mas, também... A Carla Félix pode fazê-lo à vontade...
Afinal ela ficou com o Sonecas Bichano-Miau, em móbile...




E quem fica com um Sonecas Bichano-Miau, pode fazer tudo: é regra de ouro - "Quem um gato tiver, com ele se há-de parecer".

Em contra-luz, ao Sonecas dá-lhe para isto...





Para os mais entusiasmados, vou avisando: Não, não tenho foto da Carla Félix em contra-luz...

(Mas aposto que esboçará um luzente sorriso quando ler isto!)

A ela, e a todos os que aqui têm deixado um comentário, muito obrigada.
Continuem a passar pelo Dácámisso e passem palavra.

Até breve.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Poema alheio

Saudades do Sol

"Tenho saudades do Sol


de pássaros a cantar

saudades de fios fininhos



sobre as plantas a brilhar...


Tenho saudades de Ser

Tenho saudades de Estar

sorrindo à presença de Anjos

na manhã a clarear..."

(in Pelo Caminho das Fadas, de Luísa Barreto)





sábado, 3 de fevereiro de 2007

Vão-se os Pi-pius, ficam os passaricos e os passarocos!

E não é que os Pi-pius teimam em aparecer-me por entre os vasos que tenho na varanda?

Felizmente deixam-se apanhar bem à mão, de mansinhos que são...


Este, depois de deixar-se apanhar, voou para a Lurdes.


A Carla Félix fez deste Pi-piu um amigo do peito de eleição!


Os Passaricos, mais friorentos, nascem por entre os cobertores e edredóns...

Estes estão cá, mas a Teresa e a Carla - da Sala Laranja - têm uns parecidos...

Eu cá já os vi nascer! Demoram cerca de cinco horas a despassaricar...


Os Passarocos gostam mesmo do choco! São mais bazarocos do que parecem e também já voam alguns por aí...


Por entre laços de lã e feltro, vão cantando e espalhando alegria.
Têm mais pressa de cantar e, por isso, nascem em quatro horas!

Com o frio que vai fazendo, uns vão nascendo pelo meu "jardim" envasado, outros vão saindo do ovo da imaginação, ao sabor das horas que há em cada dia que, ao contrário do que por aí se diz, nem sempre duram vinte e quatro horas...

Quem quiser um Pi-piu, um Passarico ou um Passaroco não tem de preocupar-se com a gripe das aves. Isso é coisa de aves comuns.

Estas são especiais: verdadeiras aves raras...
Até breve.

São Berletas, Senhor! São Berletas!...

Foi aqui, senhores, foi aqui!
A primeira vez que as Berletas se mostraram ao grande público, foi aqui!


Mas, afinal, o que é isto das Berletas?
Muito, muito simples.

Ele há - que se saiba - dois tipos de Berletas: as Berletas P e as Berletas M.

Vejamos, primeiro, o caso das Berletas P:

As Berletas P são pequenas amigas do peito.
Coloridas, nunca foram vista duas iguais.
Inundaram a minha sala de estar num meio-dia com Sol de Inverno.

Quanto às Berletas M, marcam a diferença de quem lê, seja lá o que for.

Diz-me com o que marcas os teus livros, dir-te-ei como és!



As Berletas tambêm têm primas, como toda a Berleta que se preze de o ser.

As Circuletas cercam a página que lemos agora e, estando cheios , guardamos para depois.

As Circuletas, cercando as páginas, evitam que estas fujam para círculos viciosos...

Circuletas e Berletas M já foram vistas por aí, viajando de comboio com a Ana Timóteo ou agendando a semana do Miguel...

Disseram-me que espevitaram alguns olhares...

Até breve, quando for tempo de olhar para outros artefactos.