Eu tinha dito: andavam umas marcas estranhas pelos vasos...
Falei com o Raimundo Sérge da Trindade que me prometeu ajuda nocturna, mas que acabou por adormecer - e eu nem me zanguei porque ele é pequenito e faz hoje cinco meses!
Então, de madrugada, pé ante pé, com o despontar de certa claridade, abri repentinamente a porta da varanda e, saltando do Vaso Mágico para o Vaso Picante, ei-lo apanhado...

o Mochoilo!
Abanicando as asas num «Hu!Hu!» frenético não percebi logo se estava feliz ou infeliz por ter aterrado num cacto... (Pode-se sempre gostar de picadelas, não é?)
Só depois compreendi que olhava, esbugalhado, para o Vaso Mágico.
Olhei também e lá vi, completamente ensonada e encolhidinha pelos pingos da chuva...
a Mochoila!
Com a ajuda do anão Zebedeu - exímio limpador dos algodões ("cochonilhas algodoadas", para os
experts) das minhas plantinhas - que fala tudo o que é lingua de animal (com excepção de língua de vaca estufada e nem ele próprio sabe porquê), trouxe-os para dentro e sequei a ensonadita Mochoila. O Mochoilo, no início, aflito e sem saber o que lhes fazia eu, arregalou os olhos para o Zebedeu, que se assustou e pediu para regressar às suas limpezas.

Já dentro de casa, mais tranquilos e enxutos: os Mochoilos.
O «limpanão» Zebedeu, com os seus três centímetro de altura, regressa ao seu vaso preferido: aquele em que, espontaneamente, vive uma colónia de larvas de melga...
Até breve e, se perceberem que as vossas plantas são sorvidas por cochonilhas algodoadas, não hesitem: contratem um limpanão como o Zebedeu que, além dos algodões, "caça" mochoilos.